Exames confirmam presença de arsênio em bolo consumido durante confraternização com três mortes

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Foto: Divulgação/ Polícia Civil do Rio Grande do Sul

A confirmação de contaminação por arsênio no sangue de vítimas de uma confraternização familiar em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, trouxe à tona um grave episódio de intoxicação. Exames realizados nesta sexta-feira (27) indicaram a presença da substância tóxica no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes que ingeriram o bolo preparado para a reunião familiar.

O caso deixou três mortos, incluindo Neuza Denize Silva dos Anjos, cuja causa da morte foi determinada como “choque pós-intoxicação alimentar”. Outras duas pessoas, Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva, também faleceram após sofrer parada cardiorrespiratória. Além das vítimas fatais, a mulher que preparou o bolo e seu sobrinho-neto de 10 anos seguem hospitalizados, mas estão em estado clínico estável, segundo o boletim médico divulgado.

O arsênio, responsável pela intoxicação, é uma substância naturalmente encontrada em fontes de água subterrânea e em alimentos como peixes, mariscos e cereais, mas em quantidades elevadas pode ser altamente tóxico. Os efeitos da contaminação incluem vômitos, dores abdominais, diarreia e, em casos graves, danos ao sistema nervoso, câncer e morte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o arsênio um dos dez químicos mais preocupantes para a saúde pública. A entidade recomenda a redução da exposição ao metal devido aos riscos graves que ele oferece, inclusive em casos de exposição prolongada, que pode levar a doenças crônicas.

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