A Polícia Federal realizou uma operação na manhã deste sábado (14) para cumprir mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. O general Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, e ficará sob custódia do Exército.
A ação inclui um mandado de prisão preventiva, dois de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão. Entre os alvos está o coronel Flávio Peregrino, ex-assessor de Braga Netto, que foi alvo de busca em Brasília. De acordo com a PF, as medidas buscam evitar a repetição de ações ilícitas e garantir a produção de provas no processo.
No final de novembro, a PF já havia indiciado Jair Bolsonaro, Braga Netto e Augusto Heleno, além de outras 34 pessoas, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui figuras de destaque, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
As investigações revelaram que Braga Netto fazia parte de dois núcleos estratégicos do grupo suspeito. Ele era integrante do núcleo que buscava incitar militares a aderirem ao golpe e do núcleo operacional responsável por executar medidas coercitivas. Documentos apontam que o general desempenhou um papel ativo, influenciando e incitando apoio às ações golpistas, além de direcionar ataques a militares que resistiam às investidas.