O juiz João Batista Spanier Neto, da Comarca de Tibagi, no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), determinou que Marcos Vagner de Souza, acusado do desaparecimento e assassinato de Ísis Victoria Mizerski Ribeiro, será submetido a júri popular. A decisão ocorre após a análise das provas e depoimentos durante as audiências de instrução, e a expectativa é de que o julgamento aconteça no primeiro semestre de 2025.
O júri popular é uma das formas mais importantes de julgamento no sistema jurídico brasileiro, sendo realizado quando há a necessidade de avaliar o caso por um tribunal formado por cidadãos comuns, com o intuito de garantir uma maior participação da sociedade no processo judicial. Nesse tipo de julgamento, são os jurados, e não um juiz, que decidem a culpabilidade ou inocência do réu com base nas provas apresentadas. No caso de Souza, o juiz considerou que havia materialidade suficiente e indícios fortes da autoria do crime, o que tornou inevitável a decisão de levar o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri.
A acusação alegou que Marcos Vagner foi a última pessoa a ter contato com Ísis Ribeiro antes de seu desaparecimento e morte, já que a jovem teria marcado um encontro com ele para discutir sua gravidez. A defesa, por sua vez, não conseguiu apresentar provas que desqualificassem a acusação ou demonstrassem a inocência do réu. Com base nisso, o juiz determinou que a decisão sobre a culpabilidade de Marcos Vagner de Souza seja tomada pelo Tribunal do Júri, que avaliará detalhadamente as provas durante o julgamento.