O Brasil alcançou um marco histórico no mercado de trabalho ao registrar uma taxa de desemprego de 6,2% no trimestre encerrado em outubro, a menor da série histórica iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) e destacam um recuo expressivo no número de pessoas desocupadas, além de avanços significativos em diversos indicadores do mercado de trabalho.
A população desocupada, atualmente estimada em 6,8 milhões de pessoas, apresentou queda de 8% (menos 591 mil pessoas) no trimestre e 17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período do ano passado. Este é o menor contingente de pessoas sem trabalho desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
Por outro lado, a população ocupada atingiu 103,6 milhões de pessoas, marcando um novo recorde na série histórica. O crescimento foi de 1,5% (1,6 milhão de pessoas) no trimestre e de 3,4% (3,4 milhões de pessoas) no ano. O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, subiu para 58,7%, também o maior já registrado.
O setor privado foi destaque na geração de empregos, atingindo um número recorde de 53,4 milhões de trabalhadores. O aumento foi de 1,9% no trimestre (995 mil pessoas) e de 5% no ano (2,5 milhões de pessoas). Entre esses trabalhadores, 39 milhões possuem carteira assinada, um crescimento de 1,2% no trimestre (479 mil pessoas) e 3,7% no ano (1,4 milhão de pessoas).
Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado também atingiu um recorde, totalizando 14,4 milhões de pessoas, um aumento de 3,7% no trimestre (517 mil pessoas) e 8,4% no ano (1,1 milhão de pessoas). O setor público, por sua vez, registrou 12,8 milhões de trabalhadores, mantendo-se estável no trimestre, mas com crescimento de 5,8% no ano (699 mil pessoas).
O trabalho doméstico também apresentou alta, com 6 milhões de pessoas ocupadas, um aumento de 2,3% no trimestre (134 mil pessoas), enquanto o número de trabalhadores por conta própria manteve-se estável em 25,7 milhões.
Apesar do avanço no emprego formal, a taxa de informalidade permaneceu elevada, atingindo 38,9% da população ocupada, o que corresponde a 40,3 milhões de trabalhadores informais. Esse percentual mostra um leve aumento em comparação com o trimestre anterior (38,7%).
O rendimento médio real habitual ficou em R$ 3.255, estável no trimestre, mas com alta de 3,9% no ano. Já a massa de rendimento real, que soma todos os rendimentos do trabalho, alcançou R$ 332,6 bilhões, crescendo 2,4% no trimestre e 7,7% no ano.