Suzane Louise Magnani Muniz, conhecida como Suzane von Richthofen, não avançou para a segunda fase do concurso público para escrevente técnico do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais em 2002, Suzane obteve uma pontuação insuficiente para seguir no processo seletivo, que exigia pelo menos 73 pontos.
Suzane, atualmente estudante de Direito, inscreveu-se para uma das três vagas disponíveis na cidade de Bragança Paulista (SP), onde reside com o marido e o filho de nove meses, além de cursar a faculdade. O cargo de escrevente técnico, que oferece salário inicial de R$ 6.043, tem como requisito apenas o ensino médio completo e teve provas realizadas em setembro. No total, foram oferecidas mais de 500 vagas em todo o estado.
O edital da segunda fase do concurso foi publicado na última sexta-feira (22) pela Vunesp, a banca organizadora. A segunda etapa do processo consiste em uma prova prática de digitação, para a qual Suzane deveria ter alcançado ao menos 73 pontos na fase inicial, porém seu nome não consta na lista de aprovados. A pontuação exata obtida por ela não foi divulgada pelas autoridades responsáveis.
Não é a primeira vez que Suzane tenta um concurso público. No ano passado, ela se inscreveu para o cargo de telefonista na Câmara de Vereadores de Avaré (SP), mas acabou desistindo do processo devido à repercussão negativa, uma vez que estava recém-saída da prisão após cumprir mais de 20 anos em regime fechado. Depois de sua libertação, Suzane se estabeleceu em Angatuba, no sudoeste paulista, onde chegou a abrir uma loja virtual de acessórios femininos. Posteriormente, mudou-se para Bragança Paulista e, em 2023, formalizou o pedido no cartório para retirar o sobrenome ‘von Richthofen’.
A trajetória de Suzane von Richthofen, marcada pelo crime que chocou o país, segue despertando interesse público e gerando discussões sobre reintegração social.