Na manhã desta quinta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com os ministros da Junta de Execução Orçamentária (JEO) para a última rodada de discussões sobre o corte de gastos, tema que tem gerado grande expectativa no mercado financeiro. O encontro, realizado às 10h, contou com a presença de Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Rui Costa, ministro da Casa Civil; Simone Tebet, ministra do Planejamento; e Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação.
A reunião desta quinta-feira foi considerada crucial para a definição das áreas que serão impactadas pelo corte de despesas do governo. Na véspera, o ministro Fernando Haddad destacou que essa seria a etapa final antes de o governo consolidar sua decisão e apresentar o plano de cortes aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Somente após essa apresentação, os textos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e do Projeto de Lei Complementar (PLP) serão enviados ao Congresso para análise.
O objetivo central das medidas de contenção de gastos é evitar um aumento do endividamento da União e garantir o cumprimento das regras do Arcabouço Fiscal, estabelecido como um mecanismo para a estabilidade das contas públicas. Contudo, detalhes sobre quais programas e setores serão afetados ainda não foram divulgados.
Durante declarações anteriores à imprensa, a ministra Simone Tebet indicou que o foco dos cortes estará em programas considerados ineficientes e em ajustes relacionados aos salários de servidores que excedem o teto constitucional. A meta é buscar eficiência nos gastos sem comprometer áreas essenciais para o desenvolvimento social e econômico do país.
A expectativa é que, após a reunião de hoje e a consolidação das decisões, o governo possa concluir os ajustes necessários para formalizar o envio dos textos ao Congresso. O anúncio oficial, entretanto, pode ocorrer apenas na próxima semana, após a apresentação do projeto aos líderes das duas casas legislativas.