O influenciador digital e ex-participante do reality show Big Brother Brasil, Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, permanece preso após ter mais um pedido de liberdade negado pela Justiça do Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada pela juíza Patricia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas, nesta terça-feira (22/10), em Porto Alegre.
A magistrada justificou sua decisão ao afirmar que os “indícios de autoria e materialidade identificados ainda na fase investigativa seguem inalterados”, impossibilitando a aplicação de medidas cautelares menos severas que a prisão. Com isso, Nego Di segue detido, juntamente com seu sócio, Anderson Noneti, sob as acusações de estelionato e lavagem de dinheiro.
O influenciador, que está preso desde julho deste ano, é acusado de envolvimento em um esquema fraudulento de vendas de produtos através do site Tadizuera. Segundo a investigação conduzida pela Polícia Civil, mais de 370 pessoas foram lesadas pela loja virtual entre março e julho de 2022. Os consumidores, atraídos pela divulgação feita por Nego Di, adquiriram itens como televisores, celulares e eletrodomésticos, mas jamais receberam os produtos ou o reembolso.
O caso ganhou ainda mais relevância devido ao montante financeiro envolvido. Estima-se que as movimentações nas contas bancárias ligadas ao influenciador somem mais de R$ 5 milhões, valor obtido através das transações fraudulentas. A polícia apura ainda o destino desse dinheiro, que supostamente foi desviado sem deixar rastro.
Com a decisão judicial desta semana, Nego Di e seu sócio continuam enfrentando graves acusações, enquanto as vítimas aguardam por um desfecho que possa, ao menos, garantir a restituição dos valores perdidos. O influenciador segue sendo investigado pela Justiça, e novos desdobramentos sobre o caso são esperados nas próximas semanas.