Na manhã desta sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que o governo federal planeja adquirir “alguns aviões” para facilitar o transporte do presidente e dos ministros em viagens oficiais pelo Brasil. A decisão foi motivada por um incidente ocorrido no início do mês, quando o avião oficial da presidência enfrentou problemas técnicos durante o voo de retorno da Cidade do México. A aeronave foi obrigada a sobrevoar a capital mexicana por quase cinco horas antes de conseguir pousar, resultando na necessidade de Lula e sua comitiva retornarem em um avião reserva.
Atualmente, a Força Aérea Brasileira (FAB) opera com um único avião presidencial, um Airbus A319 adaptado que está em uso desde 2005. Além desse, a FAB possui aeronaves menores destinadas a assessores e equipes de apoio, no que é conhecido como “escalão avançado” (Escav). Ministros, por sua vez, utilizam voos comerciais ou fazem uso de “caronas” em voos já programados pela FAB, pois não há aviões exclusivos para suas viagens.
Durante entrevista à rádio O Povo, no Ceará, Lula destacou a importância de se preparar adequadamente para as demandas do país, afirmando: “Desse problema, nós tiramos uma lição. Nós vamos comprar não apenas um avião, mas é preciso comprar alguns aviões. Para que o Brasil, que é um país grande com 8,5 milhões de quilômetros quadrados […] nós precisamos nos preparar. Não dá para a gente ser pego de surpresa.”
O presidente também esclareceu que a compra de um novo avião presidencial não se destina apenas ao atual ocupante do cargo, mas sim à instituição da Presidência da República. “Vamos comprar um avião para o presidente da República, entendendo que a ignorância não pode prevalecer. Um avião para o presidente da República não é para o Lula, para o Fernando Henrique Cardoso, ou para o Bolsonaro. É um avião para a instituição Presidência da República”, declarou.
Além do avião presidencial, Lula ressaltou a necessidade de adquirir outras aeronaves para garantir que os ministros possam realizar suas funções em diferentes regiões do país. “A gente não governa o Brasil com ministro ficando coçando lá em Brasília. Ministro tem que viajar”, concluiu.
O planejamento para a aquisição dessas aeronaves já foi encaminhado ao Ministério da Defesa. No entanto, o presidente não forneceu detalhes sobre os valores ou prazos previstos para a compra.