Na recente eleição, a candidata Delegada Tathiana Guzella, do União, conquistou uma das 38 cadeiras da Câmara Municipal de Curitiba para a gestão 2025-2028, recebendo 12.515 votos. Tathiana se destacou como a mulher mais votada entre as 12 candidatas eleitas, posicionando-se como a quarta no ranking geral de votos, que inclui homens e mulheres.
Apesar de seu nome de urna, a nova vereadora está afastada do cargo de delegada desde maio de 2023, conforme informações da Polícia Civil do Paraná (PC-PR). Desde então, Tathiana tem se dedicado à assessoria parlamentar do deputado federal Felipe Francischini, também do União. Ela é casada com o deputado estadual paranaense Tito Barichello, cuja atuação na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Curitiba já havia lhes conferido notoriedade.
Durante a campanha eleitoral, Tathiana e Tito enfatizaram o combate à criminalidade como um dos principais temas de suas propostas, aparecendo frequentemente juntos em seus materiais de campanha e na propaganda eleitoral gratuita na televisão. O foco na segurança pública foi um ponto central para conquistar a confiança do eleitorado.
A trajetória de Tathiana como delegada inclui a condução de investigações de grande impacto, como o notório “Caso das Esmeraldas” em 2020, que resultou na morte de duas pessoas em um posto de combustíveis, após uma discussão sobre a cobrança de pedras preciosas. Em 2022, ela também esteve à frente das investigações do caso de Phelipe Francisco Lourenço, um jovem encontrado sem vida em um lago, após uma festa universitária.
Contudo, a nova vereadora e seu marido se viram envolvidos em uma controvérsia em março de 2024, relacionada a uma falsa operação policial em Curitiba, na qual um vídeo mostrou Tito Barichello portando um fuzil e usando um colete à prova de balas, alegando cumprir um mandado de prisão. A Polícia Civil esclareceu que ambos não atuavam em nome da corporação e que as operações não tinham a anuência da polícia.