Na última quinta-feira, 3 de outubro, o Brasil se despediu de um dos seus ícones do jornalismo, Cid Moreira, que faleceu aos 97 anos. Com uma carreira que atravessou décadas e impactou gerações, o comunicador deixou um legado que vai além da telinha. Porém, sua morte trouxe à tona não apenas recordações, mas também uma disputa familiar que revela um lado menos conhecido do famoso apresentador.
Após seu falecimento, veio à tona o valor do patrimônio acumulado por Moreira, estimado em R$ 60 milhões. O advogado Davi de Souza Saldaño, em entrevista à Folha de S. Paulo, revelou que o jornalista decidiu deserdar seus filhos, Rodrigo e Roger Moreira, algo que pegou muitos de surpresa. A decisão foi formalizada em um testamento público, no qual Cid alegou “indignidade”, conforme o previsto no Código Civil brasileiro. “Ele manifestou, motivadamente, a vontade de deserdar os dois filhos, excluindo-os da sucessão”, explicou Saldaño.
A relação conturbada entre Cid e seus filhos não é novidade. Desde 2021, a família se envolveu em uma série de disputas judiciais, com os herdeiros tentando obter a interdição do pai, alegando que a madrasta, Fátima Sampaio, estaria utilizando o patrimônio de forma inadequada. Saldaño enfatizou que a recente solicitação dos filhos para a abertura do inventário após a morte do jornalista revela um foco exclusivo no patrimônio. “A postura deles demonstra, de forma indisfarçável, que nunca tiveram interesse em outra coisa senão no patrimônio do pai”, afirmou o advogado.