A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês de outubro será vermelha patamar 2, resultando em uma cobrança extra de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Esta decisão marca a primeira vez desde agosto de 2021 que a bandeira mais cara do sistema tarifário é acionada, refletindo um aumento significativo nos custos de energia elétrica.
O acionamento da bandeira vermelha patamar 2 é atribuído, segundo a Aneel, ao risco hidrológico. A previsão de chuvas para os reservatórios das hidrelétricas é considerada baixa, o que impacta diretamente na geração de energia. Além disso, o aumento nos preços do mercado de energia em outubro contribuiu para essa medida. Desde a implementação do sistema de bandeiras tarifárias em 2015, a Aneel tem buscado refletir os custos variáveis da geração de energia, permitindo que os consumidores compreendam melhor as flutuações em suas contas.
O sistema de bandeiras tarifárias, que inclui as cores verde, amarela e vermelha (nos patamares 1 e 2), foi introduzido como uma forma de comunicar aos consumidores os custos associados à geração de energia. A bandeira verde indica que não há custo extra, enquanto as bandeiras vermelha e amarela sinalizam aumentos. A sequência de bandeiras verdes começou em abril de 2022 e foi interrompida em julho de 2024, quando a bandeira amarela foi acionada. A bandeira verde voltou a ser aplicada em agosto, seguida pela bandeira vermelha patamar 1 em setembro. Recentemente, a Aneel havia anunciado a bandeira vermelha patamar 2 para setembro, mas a informação foi corrigida em poucos dias.
A adoção das bandeiras tarifárias não apenas informa os consumidores sobre os custos, mas também os incentiva a adotar um consumo mais consciente. A Aneel destaca que, ao estar ciente de que a bandeira está vermelha, os consumidores têm a oportunidade de ajustar seus hábitos de consumo para ajudar a controlar os valores de suas contas de energia.