Atualmente, diversas regiões do Brasil estão enfrentando um cenário crítico de baixa umidade do ar, afetando mais de 200 cidades de norte a sul do país. A umidade em muitos desses municípios chegou a níveis tão baixos que superam até mesmo os índices encontrados no deserto do Saara, no norte da África. Esse quadro alarmante é agravado pela densa nuvem de fumaça que se formou em razão das queimadas, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, cobrindo uma vasta área do território nacional.
A combinação da baixa umidade e da fumaça traz sérias consequências à saúde da população. Entre os principais problemas estão a dificuldade para respirar, o agravamento de doenças respiratórias, como asma e bronquite, o aumento de alergias e o ressecamento da pele. Com isso, secretarias de saúde em estados como São Paulo e Distrito Federal têm emitido alertas e recomendações, como o uso de umidificadores de ar para melhorar a qualidade do ar em ambientes fechados, minimizando os impactos nocivos dessa situação climática.
A demanda por umidificadores de ar tem crescido de maneira significativa, especialmente em cidades que estão no epicentro dessa crise. Em Curitiba, por exemplo, foi observado um aumento expressivo na compra desses aparelhos, com modelos encontrados em lojas online a partir de R$ 15, e opções mais robustas disponíveis em farmácias e lojas especializadas. Esse movimento reflete a busca por alívio diante de um quadro de umidade que, em muitos casos, tem gerado desconforto e risco para a saúde.
Além das questões de saúde, o aumento das queimadas é outro fator preocupante. Somente no mês de agosto, o Paraná registrou cerca de 20 mil focos de calor, um número seis vezes maior do que o observado em julho. Esse crescimento expressivo tem contribuído para a formação de nuvens de fumaça que se espalham rapidamente, intensificando os problemas respiratórios e agravando a poluição do ar em várias regiões.