A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal André Janones (Avante-MG) por envolvimento em um esquema de rachadinha, prática na qual parte dos salários de assessores é supostamente desviada para os próprios parlamentares. O caso ganhou repercussão após denúncias de ex-funcionários que alegam ter sido pressionados a devolver parte de seus vencimentos. Janones agora enfrenta acusações de associação criminosa, peculato e corrupção passiva.
A investigação teve início após o crescimento significativo do patrimônio do deputado, considerado desproporcional em relação aos seus rendimentos declarados. De acordo com o relatório da PF, o aumento patrimonial detectado nos anos de 2019 e 2020 levantou suspeitas. No período analisado, a variação patrimonial “a descoberto” de Janones foi de R$ 64.414,12 em 2019 e R$ 86.118,06 em 2020, valores que, segundo a PF, não encontram respaldo nos dados fiscais apresentados.
Além disso, os dados obtidos pelas investigações indicam indícios claros da prática de corrupção passiva, um dos crimes pelos quais o parlamentar está sendo indiciado. O relatório policial destacou que a discrepância entre o patrimônio declarado e o observado foi um dos fatores decisivos para a continuidade da apuração.