A recente eliminação do Athletico na Copa do Brasil, após uma dramática disputa de pênaltis contra o Vasco, acendeu uma forte crise nos bastidores do clube. A derrota não apenas frustrou as expectativas de conquistar uma premiação milionária, como também desencadeou protestos intensos de torcedores, que cobraram dirigentes e tentaram invadir o campo da Ligga Arena. Do lado de fora, o presidente Mario Celso Petraglia foi alvo de pesadas críticas e xingamentos por parte da torcida organizada.
No entanto, Varini não está isento de críticas internas e externas. Sua gestão das substituições durante os jogos tem sido amplamente questionada, especialmente após a partida contra o Vasco, quando a saída do meia Bruno Zapelli, autor do segundo gol rubro-negro e um dos melhores em campo, foi apontada como um erro crucial. A falta de regularidade da equipe nos segundos tempos dos jogos também tem gerado insatisfação entre os torcedores e a diretoria.
A tensão ficou ainda mais evidente após o apito final contra o Vasco. Um grupo de torcedores tentou invadir o gramado, sendo contido pela tropa de choque e pela equipe de segurança do estádio. Internamente, as medidas de proteção foram reforçadas, com os portões de acesso ao vestiário e à área de entrevistas fechados para evitar tumultos. Dirigentes do clube, como o diretor financeiro Márcio Lara e o gestor desportivo Paulo Miranda, chegaram a conversar com alguns torcedores no local, mas a segurança impediu qualquer aproximação da imprensa, levando a protestos por parte dos jornalistas.
Enquanto as cobranças por contratações aumentam, a diretoria do Athletico mantém a postura de controle financeiro, mesmo com o clube sendo um dos mais lucrativos do Brasil. Com um superávit de R$ 383,2 milhões em 2023 e um lucro acumulado de R$ 1,2 bilhão nos últimos dez anos, o Furacão é reconhecido mundialmente por sua gestão equilibrada. No entanto, a torcida esperava um investimento mais robusto em contratações, especialmente no ano do centenário do clube. Para Petraglia, gastar além do previsto é uma “loucura” que está fora dos planos, e novos investimentos só ocorrerão com a eventual venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
A sequência de jogos que se aproxima será decisiva para o futuro do clube e da comissão técnica.