Após um grande incêndio que atingiu o Contorno Norte de Curitiba, moradores dos bairros São Braz, Santa Felicidade, Orleans e Butiatuvinha enfrentam uma crise de poluição do ar, com um cheiro de fumaça extremamente forte ainda perceptível na manhã desta terça-feira (10). O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar as chamas, mas o rescaldo ainda causa desconforto significativo na região.
As queimadas recentes contribuíram para uma deterioração acentuada da qualidade do ar. A Universidade Federal do Paraná, através de monitoramentos, apontou um nível “muito alto” de poluição, com dez vezes mais partículas de poluição do que o normal. Este cenário representa um risco considerável à saúde pública.
O Paraná atravessa um período crítico para queimadas florestais, exacerbado por uma estiagem prolongada, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas atípicas para o inverno. Desde janeiro, foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio no estado, segundo o Corpo de Bombeiros.
Em resposta à crise, o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou situação de emergência. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) está finalizando uma resolução técnica para mitigar os efeitos da seca, com medidas urgentes devido à gravidade da situação.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a umidade relativa do ar está prevista para ficar abaixo de 20% em várias regiões, e as temperaturas podem atingir marcas próximas aos 40ºC. No entanto, espera-se uma mudança com a chegada da chuva prevista para sexta-feira (13), que deve trazer alívio temporário, melhorando a qualidade do ar e reduzindo os riscos de mais incêndios.