O prefeito de Campo Largo, Mauricio Rivabem (PSD), recentemente fez declarações sobre as longas filas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade que geraram debates entre os moradores. Durante uma entrevista, ele foi questionado sobre o motivo de tantas pessoas chegarem tão cedo, por volta das 5 ou 6 da manhã, para garantir atendimento. “Basta uma volta pela cidade nesse horário para ver as filas enormes em frente às UBS”, comentou o entrevistador Marcopolo, ao questionar se essa prática se dava pela necessidade urgente de atendimento ou se havia um componente cultural, como sugerido pela secretaria de saúde.
Rivabem sugeriu que a situação é um “misto” de fatores, mencionando que, em alguns casos, a presença nas filas seria quase uma tradição ou uma oportunidade de socialização. Ele compartilhou uma experiência pessoal, dizendo que encontrou conhecidos e até parentes durante uma visita a uma UBS local. “Conversei com uma senhora e perguntei se ela estava ali cedo para ser atendida. Ela respondeu que acorda muito cedo e vem para ver os amigos”, relatou o prefeito, destacando que para algumas pessoas, estar na fila é um momento de convivência.
No entanto, Rivabem reconheceu que essa não é a realidade para todos. “Não é todos, claro que não é todos, mas existem casos diferentes”, admitiu. Ele também apontou que a alta demanda é um fator significativo para as longas filas. “Sim, ela acontece porque a demanda é muito grande. Ela aumentou muito, e muitas pessoas estão procurando o município. Por exemplo, em Bateias, muitos precisam ir para Curitiba e acabam indo mais cedo”, explicou.
As declarações do prefeito suscitaram reações variadas entre os moradores de Campo Largo. Para muitos, a ideia de que as filas se formam por uma questão de tradição ou socialização não condiz com a realidade enfrentada diariamente por quem depende do serviço público de saúde.
Vídeo é reprodução da TV Campo Largo