Centenas de alimentos (perecíveis e não perecíveis) com o prazo de validade vencida, advindos de uma Organização Não Governamental (ONG) nacional que cuida de crianças carentes, foram apreendidos na manhã de terça-feira (27) por policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). A ação contou com o apoio da Vigilância Sanitária de Curitiba. De todos os produtos encontrados no local, mas de 60% estava com a data de validade vencida.
Os mantimentos foram encontrados no depósito de uma das sedes da ONG, situada no bairro Cajuru, em Curitiba. Duas mulheres, funcionárias da instituição, foram encaminhadas até a delegacia para prestar esclarecimentos. Na delegacia elas alegaram que a coordenadora era a pessoa responsável pela instituição.
Polícia Civil
A Polícia Civil iniciou as investigações assim que recebeu denúncias de que crianças estariam recebendo alimentos vencidos em uma ONG. A equipe policial entrou em contato com a Vigilância Sanitária e realizou uma fiscalização. O local foi autuado pela Vigilância, por conta dos alimentos vencidos, mas não foi fechado.
“Durante a fiscalização foi possível verificar que o local apresentava estrutura física e condições de higiene e sanitária satisfatórias, porém, foram encontrados inúmeros alimentos com prazo de validade vencido”, falou a coordenadora da Vigilância Sanitária Municipal, Francielle Narloch.
A equipe policial localizou diversos alimentos vencidos como arroz, feijão, farinha, biscoito, além de carnes e entre outros mantimentos. De acordo com investigações, a instituição funciona como um contraturno escolar e estava fornecendo produtos alimentícios vencidos para as crianças há algum tempo.
“Encontramos produtos vencidos do começo e final do ano passado e até alimentos vencidos em 2016. As investigações ainda estão em andamento”, disse o delegado-titular do Cope, Rodrigo Brown.
Conforme o delegado, um inquérito policial foi aberto para investigar o caso, já que se trata um crime contra o consumidor e saúde pública. No momento da ação policial, a coordenadora responsável pela ONG não estava no local.
A suspeita se apresentou na delegacia acompanhada de seu advogado e se reservou no direito de permanecer calada. Ela foi indiciada pelo crime contra o consumidor. Se condenada, poderá pegar até cinco anos de reclusão.