Pavel Durov, presidente-executivo e fundador do Telegram, foi detido no último sábado (24) ao desembarcar de um jato particular no aeroporto Le Bourget, localizado nos arredores de Paris. Aos 39 anos, Durov enfrenta acusações relacionadas à falta de cooperação nas investigações sobre crimes cometidos através de sua plataforma. A detenção foi reportada pela agência de notícias Reuters e confirmou que ele não tem colaborado com as autoridades em relação aos casos investigados.
A prisão de Durov ocorreu sob a alegação de que ele permitiu que o Telegram se tornasse um terreno fértil para atividades criminosas, sem implementar medidas efetivas de moderação ou colaborar com investigações policiais. Fontes da emissora francesa TF1/LCI indicam que o aplicativo tem sido utilizado para uma série de crimes, incluindo lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crimes contra crianças. Essas acusações sugerem que a falta de controle e supervisão dentro da plataforma pode ter contribuído para o aumento dessas atividades ilícitas.
Segundo informações, Durov já estava na mira das autoridades francesas, que emitiram um mandado de prisão antes mesmo de sua chegada a Paris. O mandado destaca a responsabilidade do executivo em não tomar medidas preventivas ou punitivas para impedir o uso criminoso de sua plataforma. O Telegram, conhecido por sua política de privacidade robusta e pela criptografia de ponta a ponta, tem atraído usuários que buscam maior confidencialidade, o que, segundo especialistas, pode ter facilitado a prática de crimes na plataforma.