Luciano Ducci, candidato à Prefeitura de Curitiba pelo PSB, está apostando na adesão dos apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para garantir sua vaga no segundo turno das eleições municipais. No entanto, a campanha de Ducci enfrenta desafios devido a declarações passadas que voltaram a ser destaque.
Em uma postagem nas redes sociais datada de 14 de setembro de 2016, Ducci criticou duramente Lula, afirmando que o ex-presidente era o “comandante máximo do esquema de corrupção”. Essa declaração tem sido utilizada por adversários políticos para questionar a coerência do apoio de Lula ao candidato do PSB. O deputado estadual Requião Filho (PT-PR) foi um dos que trouxeram a publicação de volta ao debate eleitoral, perguntando ironicamente: “É isso o que pensa o candidato da frente ampla?”.
A situação revela uma tensão dentro da aliança entre PT e PSB em Curitiba. Uma ala do PT, liderada pelo deputado Zeca Dirceu, defendia que o partido lançasse uma candidatura própria na capital paranaense. No entanto, para manter a coesão da aliança entre os dois partidos, Lula interveio e declarou apoio ao PSB, gerando desconforto entre os petistas que preferiam uma candidatura mais alinhada ideologicamente com o PT.
Enquanto isso, Requião Filho, mesmo sendo parte do PT, decidiu apoiar a candidatura de seu pai, o ex-governador Roberto Requião, que recentemente deixou o partido para se filiar ao Mobiliza. A decisão de Requião Filho ilustra as divisões internas e as estratégias complexas que estão em jogo nesta eleição municipal, com diferentes facções buscando consolidar seu poder e influência.
Diante desse cenário, Ducci tenta consolidar seu apoio entre os eleitores de Lula, destacando que a aliança com o PT é estratégica para avançar na disputa. Ele enfrenta, no entanto, a tarefa de explicar suas críticas passadas ao ex-presidente e de convencer os eleitores de que sua candidatura representa um avanço positivo para Curitiba.