O ator Pedro Cardoso, amplamente conhecido pelo público brasileiro por seu papel como Agostinho Carrara no seriado “A Grande Família”, utilizou sua conta no Instagram para expressar duras críticas ao legado deixado por Delfim Neto e Silvio Santos, que faleceram recentemente. Sem poupar palavras, Cardoso destacou a participação dos dois na ditadura militar brasileira e acusou ambos de terem enriquecido por conta de suas alianças políticas e não por mérito pessoal.
“Não tenho nada a dizer sobre eles, suas atuações públicas dizem antes; são degradantes”, afirmou o ator, referindo-se tanto ao ex-ministro Delfim Neto quanto ao apresentador e empresário Silvio Santos. Para Cardoso, ambos foram “empregados da ditadura militar” e se beneficiaram diretamente do regime repressivo que vigorou no Brasil a partir de 1964. O ator foi enfático ao mencionar que o enriquecimento de Delfim e Silvio não se deveu a “dotes intelectuais excepcionais”, mas sim às “fraquezas éticas” que, segundo ele, caracterizaram a conduta dos dois durante o período ditatorial.
A publicação de Cardoso não se limitou a Delfim Neto e Silvio Santos. O ator também aproveitou a oportunidade para criticar o bilionário Elon Musk, que recentemente fechou o escritório do X, antigo Twitter, no Brasil. Para Cardoso, Musk é “outro soldado do autoritarismo”, e ele manifestou seu descontentamento com a postura do empresário em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro. “Elon, revoltadinho com a soberania brasileira do STF, faz teatro de que se vai. Já iria tarde, se fosse”, disparou o ator.
Pedro Cardoso concluiu sua postagem com uma reflexão mais ampla sobre a relevância das figuras públicas e suas ações. “Que se diga de Silvio e Delfim a verdade do que fizeram. E de Elon que ele trabalha pelo mesmo mundo autoritário que trabalharam um e outro”, escreveu o ator, antes de expressar seus sentimentos às pessoas “cujas vidas merecem sinceros elogios” e que não possuem a mesma notoriedade dos citados.
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