O influenciador digital Pablo Marçal, candidato à Prefeitura da capital pelo PRTB, tomou a dianteira no processo eleitoral deste ano ao ser o primeiro a abrir a prestação de contas de sua campanha. Marçal, que disputa o cargo por um partido sem representação no Congresso e, consequentemente, sem acesso ao fundo eleitoral, recorreu a uma abordagem incomum para financiar sua candidatura: doações via Pix, diretamente de pessoas físicas.
Em sua declaração à Justiça Eleitoral, Marçal informou ter arrecadado R$ 10 mil por meio de contribuições feitas por 353 doadores. O detalhe curioso é que entre essas doações, sete foram de apenas R$ 0,01, e 31 foram inferiores a R$ 1. Apenas 10 apoiadores contribuíram com valores superiores a R$ 100, sendo a maior doação, de R$ 1 mil, proveniente de uma empresária de Belém, no Pará.
Sem acesso ao fundo eleitoral, que este ano destinará R$ 4,9 bilhões aos partidos com representantes no Congresso, Marçal, que declarou um patrimônio de quase R$ 200 milhões, recorreu a seus seguidores nas redes sociais para pedir apoio financeiro. Ele esclarece que as doações são permitidas apenas por pessoas físicas e não podem exceder 10% do rendimento anual declarado à Receita Federal.
O teto de gastos para as campanhas à Prefeitura no primeiro turno é de R$ 67,2 milhões, com um adicional de R$ 26,9 milhões para o segundo turno.