Vídeo: Debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo foca em ataques pessoais e acusações

4 Min de leitura
Foto: Reprodução/ BAND

O primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado na noite desta quinta-feira (8/8) pela TV Bandeirantes, foi marcado por confrontos diretos e trocas de acusações, com pouca ênfase em propostas concretas para a cidade. Participaram do debate os cinco principais candidatos nas pesquisas eleitorais: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSol), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB). A pesquisa Datafolha divulgada no mesmo dia apontou um empate técnico entre Nunes, com 23% das intenções de voto, e Boulos, com 22%.

Durante o debate, Nunes foi o alvo principal das críticas. Os candidatos o confrontaram sobre questões como a máfia das creches, que está sendo investigada pela Polícia Federal, e sobre supostas ligações de empresas de ônibus com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Além disso, o prefeito enfrentou críticas sobre a segurança no centro da cidade e o atendimento na rede municipal de saúde.

Nunes, por sua vez, revidou as críticas, especialmente contra Pablo Marçal, a quem chamou repetidamente de “nervosinho”. Ele também acusou Boulos de ter “depredado a Fiesp” e de ter “institucionalizado a rachadinha” ao livrar o deputado André Janones de um processo de cassação. Boulos, em resposta, associou a máfia das creches à administração de Nunes.

José Luiz Datena, fazendo sua estreia como candidato após deixar a carreira de apresentador, também se envolveu em trocas de farpas com Nunes. Datena afirmou que Nunes “arrasou a cidade” e foi prontamente criticado pelo atual prefeito, que destacou a falta de experiência de Datena como gestor e mencionou uma condenação do adversário por imputar crimes a pessoas inocentes.

No decorrer do debate, Pablo Marçal se destacou por adotar uma postura mais agressiva, atacando diretamente os adversários. Marçal trocou provocações com Tabata Amaral, em especial após ser questionado sobre a Operação Água Branca e sobre uma condenação por furto qualificado, que ele negou. Ele também dirigiu comentários provocativos a Boulos, insinuando que o candidato do PSol tinha envolvimento com drogas.

O debate foi amplamente dominado por confrontos pessoais e ataques, com pouca discussão sobre planos concretos para o futuro de São Paulo. Com isso, os eleitores ainda aguardam por mais clareza nas propostas dos candidatos nos próximos encontros, na esperança de um debate mais focado em soluções para os desafios da cidade.

Compartilhe o artigo