A Justiça de São Paulo recusou mais um pedido de soltura para Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista do Porsche que causou um acidente fatal em 31 de março, na zona leste da capital. Detido no presídio de Tremembé, no interior do estado, Fernando Sastre está sendo processado por homicídio e lesão corporal gravíssima.
Nesta sexta-feira (2), Sastre foi interrogado por cerca de duas horas. Durante esse tempo, ele teve que responder a perguntas sobre o acidente que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana. O interrogatório é uma etapa crucial antes que o Ministério Público e a defesa do réu apresentem suas conclusões por escrito. Somente após essa etapa, a Justiça poderá emitir uma sentença definitiva.
O acidente que envolve Fernando Sastre aconteceu enquanto ele dirigia embriagado, segundo as acusações. Ele está preso preventivamente desde 6 de maio, após a decretação de sua prisão pela Justiça. As acusações incluem homicídio por dolo eventual, devido ao risco assumido ao dirigir sob efeito de álcool, e lesão corporal gravíssima, por ferir gravemente Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo que estava no banco do carona no momento do acidente.
O caso chamou a atenção do público, não apenas pela trágica perda de uma vida, mas também pelo perfil do acusado, um empresário que teria dirigido em alta velocidade enquanto estava alcoolizado. A decisão de manter Fernando Sastre preso reflete a postura rigorosa da Justiça em casos de acidentes de trânsito causados por embriaguez, especialmente quando resultam em mortes.
Agora, com a fase de depoimentos concluída, o processo avança para a apresentação das alegações finais do Ministério Público e da defesa. Essas alegações serão determinantes para a decisão judicial que definirá o destino de Fernando Sastre.