No último domingo (28), o litoral de Santa Catarina foi palco de uma tragédia aérea envolvendo o piloto curitibano Eliseu Hupalovski, de 60 anos, e seu amigo Rogerio Jair Raulino, de 55 anos. Os dois estavam a bordo de um girocóptero que caiu em uma área residencial no bairro Ubatuba, em São Francisco do Sul, a cerca de três quilômetros do aeroporto local.
A aeronave pegou fogo imediatamente após atingir o solo, causando a morte instantânea dos ocupantes. Testemunhas relataram que havia um nevoeiro denso no momento do acidente, o que pode ter contribuído para a queda. José Nicolau de Souza, responsável pela equipe de Bombeiros Voluntários que atendeu à ocorrência, destacou que a queda ocorreu muito próxima das casas, sugerindo que o piloto, ao perceber a iminência do acidente, tentou desviar das residências para evitar uma tragédia maior.
Eliseu Hupalovski, natural de Curitiba, havia se mudado recentemente para São Francisco do Sul, enquanto Rogerio Jair Raulino residia em Brusque, no Vale do Itajaí. As causas exatas do acidente ainda serão investigadas, mas já se sabe que o girocóptero é uma aeronave de asas rotativas que se sustenta em voo de maneira diferente dos helicópteros. O rotor gira de forma independente do motor, sendo a propulsão realizada por uma hélice convencional.
A Associação Brasileira de Pilotos de Aeronaves Leves (Abul) descreve o girocóptero como um veículo de fácil pilotagem, equipado com painéis de instrumentos completos e opções de customização que incluem GPS e ar condicionado. Além disso, esses veículos não necessitam de hangares, podendo ser armazenados em casa e transportados por reboque, o que os torna populares entre os entusiastas da aviação leve.
As autoridades seguem investigando o caso para determinar as causas exatas do acidente e evitar que tragédias similares ocorram no futuro. Enquanto isso, familiares e amigos lamentam a perda de Eliseu Hupalovski e Rogerio Jair Raulino, lembrados como apaixonados pela aviação e queridos por todos que os conheciam.