A prática de não divulgar preços publicamente nas redes sociais tem se tornado comum entre comerciantes, especialmente no segmento de moda e acessórios. Em vez de exibir os valores nos posts, muitos optam por responder apenas em mensagens privadas, estratégia que desperta curiosidade e gera diversas opiniões entre consumidores e especialistas.
Nas plataformas como Instagram e Facebook, é frequente encontrar postagens de lojas e vendedores com a descrição “Valor apenas no direct” ou “Preços via inbox”. Essa abordagem, embora controversa, visa criar um canal de comunicação direta com o cliente, permitindo uma personalização no atendimento e uma potencial fidelização.
Segundo especialistas em marketing digital, essa técnica pode ser vantajosa para negócios que buscam interações mais profundas com seus clientes. “Responder individualmente pode gerar uma sensação de exclusividade e atenção personalizada, algo que muitos consumidores valorizam”, explica a consultora de marketing Ana Silva.
Por outro lado, há quem critique a prática por considerá-la pouco transparente. Consumidores frequentemente expressam frustração ao não encontrarem informações de preços prontamente disponíveis, o que pode levar à desistência da compra.
Para realizar compras com mais segurança, a Lei 13.543/2017 regula o e-commerce, determinando que todas as informações relevantes sobre o produto devem estar disponíveis e visíveis ao consumidor. Isso inclui características do produto, preço, formas de pagamento, valor do frete, prazos de entrega, políticas de devolução e garantias.
Além disso, as lojas digitais devem disponibilizar canais de atendimento ao cliente para esclarecer dúvidas, receber reclamações e fornecer assistência durante toda a jornada de compra, até o pós-venda. A legislação recomenda que o vendedor mantenha um serviço adequado e eficaz de atendimento eletrônico, possibilitando ao consumidor resolver demandas referentes a informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento do contrato.