Na noite de domingo, 16 de junho, Oziel Branques dos Santos foi brutalmente assassinado a facadas ao tentar defender um casal LGBTI+ de um ataque homofóbico em Curitiba. Este ato de coragem e altruísmo não passou despercebido, e na última quinta-feira, 20 de junho, o Movimento Popular de Estudantes Fogo no Pavio Paraná organizou um ato simbólico em sua memória. Jovens do grupo colaram cartazes, conhecidos como “lambe-lambe”, em diversos pontos da cidade, especialmente nas proximidades do local onde o crime ocorreu, dentro de um ônibus biarticulado da linha Santa Cândida/Capão Raso, no bairro Alto da Glória.
Os cartazes colocados pelos jovens continham uma mensagem poderosa: “Jamais esquecer que viver sem medo é um direito de todos, todas e todes”. A frase reflete o sentimento de indignação e a luta contínua por um mundo onde a discriminação e o ódio não têm lugar. O ato simbólico foi uma forma de manter viva a memória de Oziel e destacar a importância de lutar contra a homofobia e todas as formas de preconceito.
Oziel Branques dos Santos foi vítima de um ataque covarde dentro de um ônibus biarticulado que circulava pela Avenida João Gualberto. A tragédia ocorreu após uma discussão acalorada, alimentada por falas homofóbicas, envolvendo cinco pessoas. No calor do momento, Oziel interveio para proteger um casal LGBTI+ que estava sendo alvo de agressões verbais. Infelizmente, sua bravura resultou em um ataque fatal.
Na terça-feira, 18 de junho, a Justiça do Paraná tomou uma decisão importante. Em uma audiência de custódia realizada no Fórum Criminal da Capital, a juíza Fernanda Orsomarzo decretou a prisão preventiva de Vagner do Prado, um dos responsáveis pelo ataque. A decisão reafirma o compromisso do sistema judiciário em tratar crimes de ódio com a seriedade que merecem e enviar uma mensagem clara de que atos homofóbicos não serão tolerados.
O caso de Oziel Branques dos Santos é um lembrete doloroso da violência que a comunidade LGBTI+ ainda enfrenta. No entanto, sua memória e o ato simbólico realizado pelo Movimento Popular de Estudantes Fogo no Pavio Paraná também são um testemunho da resistência e solidariedade que existem dentro dessa comunidade e entre seus aliados. Enquanto a luta por justiça e igualdade continua, a coragem de Oziel serve de inspiração para todos que acreditam em um mundo mais justo e inclusivo.
A morte de Oziel Branques dos Santos é uma tragédia que destaca a necessidade urgente de combater o ódio e a discriminação em todas as suas formas. O ato simbólico em sua homenagem em Curitiba é um poderoso lembrete de que a luta por direitos iguais e segurança para todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero, deve continuar. A justiça para Oziel e a proteção da comunidade LGBTI+ são responsabilidades que recaem sobre todos nós, e é através de ações coletivas e solidariedade que podemos construir um futuro melhor.