Na última sexta-feira (14), um intenso confronto na Rodovia Castello Branco, em Boituva, resultou em uma cena alarmante que chamou a atenção da opinião pública. Adriano Domingues da Costa, um empresário, foi filmado efetuando disparos contra um carro ocupado por um casal. O incidente, segundo o advogado de defesa Luiz Carlos Valsecchi, ocorreu sob circunstâncias extraordinárias que ele classifica como um “crime impossível”.
De acordo com Valsecchi, a situação escalou após uma colisão proposital, segundo ele, do outro motorista contra o veículo de Adriano, que teria jogado sua Hilux para fora da pista. Em resposta, Adriano desceu armado não com a intenção de ferir, mas para intimidar o condutor adversário, sabendo que o carro do casal era blindado e que os tiros não penetrariam o vidro.
O advogado argumenta que o uso da arma foi uma medida defensiva extremada pela percepção de que o outro motorista também estava armado. Essa ação, segundo ele, é justificada pela natureza blindada do veículo alvo, descartando a possibilidade de um crime de homicídio. “Se fosse eu, também dava [os tiros]. Se fosse você, também dava,” declarou Valsecchi, indicando uma defesa baseada na impossibilidade de o ato resultar em ferimentos fatais.
Após o ocorrido Adriano, cuja prisão temporária foi decretada, expressou a intenção de se entregar às autoridades, embora esteja aguardando a decisão judicial sob conselho de seu advogado. O caso gerou amplo debate sobre as ações em situações de trânsito extremas e as implicações legais de responder a supostas ameaças com força letal, mesmo quando mitigadas por medidas de segurança como a blindagem de veículos.