Nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com reitores de Universidades e Institutos Federais em Brasília. O encontro, realizado no Palácio do Planalto, tem como principal objetivo discutir os novos recursos destinados à educação através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e abordar a prolongada greve dos docentes e dos servidores técnico-administrativos.
O cenário atual é de tensão entre os servidores da educação e o governo federal. A greve dos professores das universidades já se estende por quase dois meses, enquanto a paralisação dos servidores técnicos-administrativos ultrapassa os 90 dias. Durante esse período, o governo apresentou algumas propostas para tentar encerrar a paralisação, mas estas foram rejeitadas. Além da recomposição do orçamento das universidades, os servidores exigem um aumento salarial e a reestruturação das carreiras.
Até o momento, o governo não apresentou nenhuma proposta de reajuste salarial para 2024. Os docentes reivindicam aumentos de 3,69% em 2024, 9% em 2025 e 5,16% em 2026. A proposta do governo, no entanto, prevê aumentos de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, sem reajuste previsto para este ano. Além disso, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) defende um adicional de R$ 2,5 bilhões para o orçamento deste ano, elevando o montante total para R$ 8,5 bilhões, visando aproximar o orçamento ao de 2017 corrigido pelo IPCA do período.
A reunião desta segunda-feira também conta com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, do ministro da Educação, Camilo Santana, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. O governo espera que o encontro resulte em avanços significativos nas negociações e traga uma solução para a crise que afeta o setor de educação superior no país.
A expectativa é que, com a liberação de novos recursos através do PAC e um diálogo mais aprofundado, haja progressos na resolução das demandas dos servidores. Embora não se espere que a greve termine nos próximos dias, o governo busca, com essas reuniões, encaminhar soluções que possam eventualmente pôr fim à paralisação e estabilizar o setor educacional.