Uma pesquisa recente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) aponta que 30% da população brasileira tem algum tipo de alergia. 20% dos que sofrem com o problema são crianças. Entre as alergias mais comuns estão as respiratórias, como asma e rinite alérgica; as de pele, como a dermatite atópica, dermatite de contato e urticária; as alergias oculares; e a temida anafilaxia, quadro grave pode levar à morte.
De acordo com o otorrinolaringologista Flávio Massao, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), principal referência em otorrinolaringologia da América Latina, os casos alérgicos geralmente contam com histórico familiar. “A genética impacta, além de serem desencadeadas por ácaros, principalmente no outono e inverno, e pelo pólen, na primavera”, destaca o especialista. Alergias aos pelos de bichos, como gatos e cachorros, também são muito comuns entre os brasileiros.
Para o médico, a melhor solução nos casos mais simples é manter a residência, além dos demais locais de convívio, sempre arejada e limpa. “A higienização da residência ou local de trabalho é importante. Aspirar casa com animais domésticos com um aspirador que tenha filtro HEPA é uma boa recomendação. É indicado, também, utilizar capas protetoras antiácaro nos colchões e travesseiros”, diz.
O especialista alerta que casos graves, como a asma alérgica, que causa congestão nasal persistente, sangramento nasal, prurido e inchaço nos olhos, devem ser tratados com médicos especialistas. “A busca por um médico especialista é sempre a melhor solução para agilizar o tratamento e a cura”, sugere. “Muita gente subestima as alergias. Elas precisam ser analisadas e tratadas rapidamente para que problemas maiores sejam evitados”, completa Massao.