Um trabalhador de Goiás teve um pedido de auxílio-doença negado pelo INSS e recebeu uma justificativa incomum do perito. No documento, o perito repetiu a expressão “bla, bla, bla” várias vezes, chamando atenção para a resposta desrespeitosa. O caso envolve um serralheiro de Goiânia, que solicitou o benefício em 2022 e 2023, mas teve os pedidos negados em ambas as ocasiões.
O trabalhador, que lida com dependência alcoólica desde os 12 anos, relatou agravamento de sua condição, incluindo ansiedade e insônia. No pedido de 2023, ele afirmou estar em abstinência há três meses. No entanto, o INSS indeferiu os pedidos, alegando que não havia “incapacidade laborativa” que justificasse o auxílio-doença.
Insatisfeito com a resposta, o serralheiro buscou a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Goiás (OAB-GO), que notificou a Perícia Médica Federal sobre o ocorrido. A entidade tomou conhecimento dos documentos, um deles datado de 2022, onde o trabalhador mencionava o uso de bebidas alcoólicas e os problemas decorrentes.
Em nota, o Ministério da Previdência Social declarou que o laudo pericial é falso e não existe na base de dados do INSS. Informou ainda que uma perícia realizada em abril deste ano reconheceu a incapacidade laboral do serralheiro, mas, em análise administrativa, concluiu que ele não tinha direito ao benefício por não ser considerado segurado.
A OAB-GO afirmou que a perícia se comprometeu a identificar o responsável pela avaliação e encaminhar o caso à Corregedoria para investigação.