Em mais um episódio de tensão envolvendo a cobertura jornalística em áreas de desastre, a equipe de reportagem da Globo foi confrontada com hostilidade durante uma transmissão ao vivo em Canoas, no Rio Grande do Sul. Neste sábado, enquanto um repórter tentava entrevistar um voluntário sobre o funcionamento de um abrigo de animais, foi interrompido por um grupo que começou a entoar gritos de “Globo lixo”. A situação obrigou o jornalista a devolver a conexão aos estúdios do “Jornal do Almoço”, programa da RBS, afiliada da Globo na região.
A equipe não conseguiu concluir a entrevista e, diante da câmera, o repórter comentou: “A gente vai organizar aqui melhor e daqui a pouco a gente volta a conversar com o pessoal que está um pouco incomodado com a situação”. Esses incidentes de rejeição à presença da mídia não são isolados. Recentemente, durante uma entrada ao vivo para a CNN, um socorrista não hesitou em ofender a emissora, exclamando “Globo lixo e fora Lula”.
Outro repórter, Arildo Palermo, do “Jornal da Globo”, enfrentou críticas semelhantes em outra ocasião. Enquanto transmitia informações, foi interrompido por um homem que criticava a emissora aos gritos: “Vocês que são da Globo não prestam, desserviço da Globo. Mentira da mídia”. Esses episódios destacam o ambiente cada vez mais hostil que alguns jornalistas têm encontrado ao realizar coberturas em contextos de crise.
Durante entrada ao vivo de jornal da Globo em abrigo para mostrar situação no Rio Grande do Sul, voluntários cantam em coro “Globo lixo!”, fazendo repórter encerrar o link repentinamente. pic.twitter.com/tLxnKacee5
— PAN (@forumpandlr) May 11, 2024