Uma tempestade solar classificada como “extrema” pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos iluminou o céu com impressionantes auroras boreais e austrais na noite de sexta-feira (10/5) e na madrugada de sábado (11). Esta tempestade, a mais poderosa em duas décadas, foi vista em vários países e pode causar interrupções em satélites e redes elétricas devido à sua intensidade.
As ejeções de massa coronal (CMEs) – grandes emissões de plasma e campos magnéticos do Sol – foram registradas pela primeira vez pouco depois das 16h, horário local, na sexta-feira, marcando a primeira tempestade geomagnética extrema desde outubro de 2003. Naquele ano, eventos semelhantes resultaram em apagões na Suécia e danos à infraestrutura energética na África do Sul.
A magnitude desta tempestade solar gerou expectativas de que mais CMEs possam atingir o planeta nos próximos dias. Autoridades de diferentes setores, incluindo operadores de satélites, companhias aéreas e redes elétricas, foram alertadas para tomar medidas de precaução contra possíveis perturbações causadas por alterações no campo magnético da Terra.
Apesar das preocupações com a infraestrutura, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA informou que não espera “nenhum impacto significativo no sistema de espaço aéreo do país”.
A espetacularidade das auroras foi capturada em imagens ao redor do mundo, com as exibições mais notáveis ocorrendo na Europa e na Oceania. Estes fenômenos naturais não só proporcionam um espetáculo visual nos céus, mas também servem como um lembrete da poderosa influência do Sol sobre a Terra. A maior tempestade solar já registrada, conhecida como “Evento de Carrington”, ocorreu em 1859 e foi responsável por destruir a rede telegráfica nos Estados Unidos, além de gerar descargas elétricas e tornar a aurora boreal visível até na América Central.