A reconstrução da infraestrutura pública no Rio Grande do Sul, devastada por fortes chuvas que assolam o estado desde o último dia 26, está projetada para custar ao menos R$ 19 bilhões, conforme estimativas iniciais divulgadas por técnicos do governo estadual. Em uma atualização dada pelo governador Eduardo Leite, o custo da devastação pode ser ainda maior do que o previsto inicialmente.
Em declarações feitas nas redes sociais, o governador Leite enfatizou a gravidade da situação. “São necessários recursos para diversas áreas. Insisto: o efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores,” relatou. Leite também prometeu que detalhes adicionais sobre as ações planejadas para mitigar os efeitos da catástrofe seriam revelados ainda naquela quinta-feira.
A tragédia deixou marcas profundas em todo o estado, com pelo menos 107 mortes atribuídas às condições adversas, incluindo inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamentos e desmoronamentos, conforme reportado pela Defesa Civil estadual. Além disso, 136 pessoas permanecem desaparecidas e mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas de alguma forma, espalhadas por 425 municípios.
O número de desalojados e desabrigados é igualmente alarmante. Cerca de 164.583 pessoas foram forçadas a deixar suas casas, buscando refúgio nas residências de familiares ou amigos, enquanto outras 67.542 pessoas ficaram completamente desabrigadas, recorrendo a abrigos públicos municipais para sobreviver.
Este quadro catastrófico ressalta a urgência de uma resposta abrangente e coordenada, tanto em termos de recursos financeiros quanto de esforços de recuperação, para restaurar a normalidade nas áreas afetadas e apoiar as milhares de vidas impactadas por essa calamidade.