A Justiça decretou a prisão imediata de Kátia das Graças Belo, ex-policial civil, após ser condenada a 18 anos e nove meses de reclusão em regime fechado. O caso remonta a 2016, quando, em uma confraternização no bairro Centro Cívico, em Curitiba, Kátia foi responsável pela morte da copeira Rosaria Miranda da Silva. A ex-policial foi julgada e condenada por homicídio duplamente qualificado, caracterizado pelo motivo fútil e pelas dificuldades impostas à defesa da vítima.
O advogado Ygor Nasser Salah Salmen, representante da família da vítima, expressou alívio pela decisão. “É o fim de um ciclo, conseguimos sua demissão dos quadros de policiais civis, a condenação criminal e que o Estado indenizasse a família. A expedição do mandado de prisão coroa e gratifica um trabalho incansável de quase oito anos”, disse.
De acordo com o relatório judicial, Kátia agiu por motivo considerado fútil, incomodada com o barulho proveniente da confraternização ao lado de sua residência. Ela tentou dispersar o grupo efetuando disparos com uma arma de fogo, fornecida pela instituição policial, enquanto estava fora de serviço. Este ato impensado levou à tragédia que culminou na morte de Rosaria.
A demissão de Kátia da Polícia Civil foi oficializada em junho de 2021 e publicada no Diário Oficial do Estado, marcando o fim de sua carreira na instituição e destacando as severas consequências de suas ações. Até o momento, a defesa de Kátia não se manifestou sobre a condenação e a prisão, mas o espaço permanece aberto para futuros pronunciamentos.