As tendências geradas pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 estão gradualmente voltando ao normal. Em vez de preferir apartamentos pequenos, muitas pessoas agora buscam casas com espaços mais amplos. Quanto ao formato de trabalho, um número significativo de pessoas já retornou ao presencial em tempo integral ou adotou um modelo híbrido. No entanto, há uma exceção notável: o aspecto do lazer cotidiano.
Contrariando as expectativas, o cenário urbano de Curitiba se transforma à medida que os bares de rua se tornam cada vez mais movimentados e as calçadas se tornam pontos de encontro populares para os curitibanos em busca de diversão. Para Rafael Vetter, sócio proprietário do Miltes, bar recém-inaugurado na cidade, essa mudança é um reflexo claro da evolução dos hábitos de lazer da população. “Observamos cuidadosamente esse movimento antes de abrir o bar, e estamos muito felizes em ver que se encaixa perfeitamente com nossa proposta”, afirma.
Vetter destaca que, apesar do Miltes oferecer espaço interno com mesas, o público tem mostrado preferência por ocupar as calçadas. “Como em Curitiba muitos dos dias são frios e chuvosos, não poderíamos excluir a possibilidade de oferecer mesas em um ambiente fechado. Ainda assim, optamos por criar um menu focado em sanduíches, que é um preparo que permite às pessoas comer de pé e de forma descontraída”, diz.
No departamento dos shows, a capital paranaense também viu um novo modelo de entretenimento ganhar tração após o fim das quarentenas. Tratam-se dos festivais de música que se tornam cada vez mais frequentes no calendário da cidade. Além dos eventos tradicionais, como o Coolritiba, novos festivais chegaram para ficar na agenda Curitiba, como o A LENDAA – que já está em sua 3ª edição, e o Curitiba Jazz Sessions – que chega a sua 2ª edição em 2024.
“O evento aconteceu em um momento muito oportuno, quando, depois da pandemia, as pessoas buscavam mais conexões entre si e com a natureza”, destaca Richard Rüppel, sócio idealizador da LENDAA. “Além disso, festivais não dependem só de um artista ou de um grande nome, mas sim de uma curadoria entre bandas mais e menos conhecidas que permite aos fãs não apenas curtir um bom show, mas também socializar”, complementa.