Em uma ação que marca um capítulo conturbado na política interna do Partido Liberal (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro, conhecido como o “02” por ser o segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, tomou uma medida drástica ao protocolar um pedido de expulsão contra o deputado estadual do Paraná, Ricardo Arruda. O processo, instaurado na manhã desta sexta-feira (22), no diretório paranaense do PL, ressalta as tensões e divergências dentro da legenda, conforme confirmado por fontes ligadas ao Blog Politicamente.
O episódio que desencadeou essa ação tem raízes em um encontro recente entre o ex-governador Beto Richa e lideranças do PL em Brasília, cujas repercussões negativas foram atribuídas a Arruda. Uma peça-chave na controvérsia foi a divulgação de um vídeo, aparentemente produzido por associados de Arruda, mostrando Richa logo após sua reunião com Bolsonaro. O vazamento da gravação, considerada ilegal por Eduardo Bolsonaro, não apenas violou a privacidade do encontro mas também, segundo ele, atentou contra a integridade e a imagem do PL e de seu pai.
A acusação principal levantada por Eduardo contra Arruda é a de que o parlamentar paranaense estaria colocando interesses pessoais e eleitoreiros acima dos princípios e da unidade do partido. Especificamente, sugere-se que a pré-candidatura de Arruda à prefeitura de Curitiba poderia ser prejudicada pela potencial candidatura de Richa, uma figura política de peso no estado, provocando, assim, o ato controverso.
A decisão de Eduardo Bolsonaro de solicitar a expulsão de Arruda reflete uma postura inflexível em relação à conduta ética dentro do partido, sinalizando uma mensagem clara de intolerância a ações que possam fragilizar a coesão partidária em prol de agendas individuais. Este episódio sublinha as complexas dinâmicas de poder e as disputas internas que moldam o cenário político dentro do PL, revelando os desafios enfrentados pela legenda na busca por unidade e disciplina entre seus membros.