Numa reviravolta política que vem agitando os bastidores do Partido Liberal (PL), o deputado Filipe Barros, figura central na articulação política do partido, foi o protagonista de uma cena que surpreendeu a todos nesta quarta-feira, 13. A manobra política em questão envolveu a transição do deputado federal Beto Richa para o PL, numa estratégia que, até então, parecia estar direcionada para favorecer outro político do mesmo partido, o deputado estadual Ricardo Arruda (PL/PR).
Filipe Barros, conhecido por suas habilidades em negociar alianças políticas, havia inicialmente voltado seus esforços para viabilizar a candidatura de Arruda à prefeitura de Curitiba. No entanto, os planos pareceram mudar de direção de forma abrupta e, para muitos, inesperada. Na fatídica quarta-feira, um encontro já estava sendo organizado com Jair Bolsonaro, sem a presença de Arruda, focando-se na discussão das eleições municipais e na possível candidatura de Beto Richa pelo PL.
O clímax desse drama político ocorreu quando Ricardo Arruda, desavisado das recentes movimentações de seu colega de partido, chegou de surpresa ao local do encontro. A cena que se seguiu poderia muito bem figurar em um roteiro de cinema: Arruda, percebendo a trama que se desenrolava à sua frente, confrontou Filipe Barros com uma pergunta carregada de desapontamento e surpresa: “Você está me traindo?”.
Esse episódio não apenas marca uma significativa mudança de planos dentro do PL, como também revela as complexidades e as dinâmicas de poder que frequentemente se escondem por trás das cortinas da política. A candidatura de Beto Richa pelo PL, agora com o apoio de Bolsonaro, promete redefinir as estratégias eleitorais para a prefeitura de Curitiba, enquanto deixa à mostra as fissuras e os conflitos internos que podem surgir no jogo político.