A Justiça Eleitoral de Curitiba está no centro de uma polêmica que envolve a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), após a juíza Cristine Lopes, responsável pela 1ª zona eleitoral da cidade, estabelecer um prazo de dez dias para que a parlamentar se manifeste a respeito de uma acusação feita pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A controvérsia gira em torno da transferência do domicílio eleitoral da deputada de São Paulo para o Paraná, um movimento que o PT classifica como uma fraude à representatividade eleitoral.
O questionamento do PT baseia-se no argumento de que a transferência de domicílio de Rosângela Moro compromete a legitimidade de sua atuação parlamentar, uma vez que ela foi eleita para representar o povo de São Paulo. Com 217.170 votos conquistados nas eleições de outubro de 2022, a deputada assumiu responsabilidades que incluem participar de comissões, proferir discursos e votar em matérias relevantes para o Estado de São Paulo. O partido alega que, ao mudar seu domicílio eleitoral para o Paraná, Rosângela Moro viola o compromisso assumido com os eleitores paulistas que a elegeram.
Rosângela Moro formalizou a mudança de seu domicílio eleitoral para o Paraná, seu estado natal, em 26 de fevereiro de 2024, uma decisão prontamente aceita pela justiça eleitoral paranaense no dia 4 de março. Essa mudança desperta questões importantes sobre os limites da representação política e os vínculos dos parlamentares com seus eleitores. O caso, agora sob análise, tem potencial para reacender o debate sobre as regras de domicílio eleitoral e seus impactos na fidelidade dos representantes às bases que os elegeram.