Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (11) no Palácio Iguaçu, o governador do Paraná, Ratinho Junior, do PSD, esclareceu dúvidas sobre a recente controvérsia envolvendo a retirada do livro “O Avesso da Pele” de escolas estaduais. A medida, que gerou amplas discussões sobre liberdade de expressão e censura, foi defendida pelo governador como uma ação responsável e não como um ato de censura. Ratinho Junior destacou a importância da obra de Jeferson Tenório, reconhecendo o autor por seu talento e contribuição literária.
O cerne da questão, segundo o governador, reside em algumas páginas do livro que contêm conteúdo considerado erótico. Ele ressaltou que o objetivo não é proibir a circulação da obra, mas garantir que seu conteúdo seja adequado para a faixa etária dos estudantes que têm acesso a ela nas escolas. Para tal, mencionou que o Conselho de Educação do Estado realizará uma análise detalhada do livro à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente, visando determinar sua apropriação para alunos de 12 a 14 anos.
A declaração foi feita durante um evento de liberação de recursos para o ensino superior, enfatizando o compromisso do governo estadual com a educação e a formação de jovens. Ratinho Junior reiterou seu apoio à disseminação do conhecimento e à utilização de livros como ferramentas de aprendizado, desde que seu conteúdo seja considerado apropriado para o público-alvo. A situação envolvendo “O Avesso da Pele” destaca a contínua tensão entre a liberdade de expressão literária e a proteção dos interesses e da sensibilidade dos jovens leitores, colocando em foco a responsabilidade dos órgãos educacionais na seleção de material didático.