Em uma reviravolta significativa no combate ao crime organizado, a Polícia Civil do Paraná, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), anunciou a prisão de um indivíduo de 23 anos, suspeito de ser o mandante de um homicídio trágico e confuso ocorrido dentro de uma barbearia em Curitiba, no mês de julho do ano passado. A operação policial, executada nesta segunda-feira 5, marcou o cumprimento de um mandado de prisão que determinou que o suspeito aguarde julgamento sob custódia, em regime fechado.
O caso, que abalou a região do CIC, envolveu a morte de Kevin Pontes dos Santos, de 22 anos, que foi tragicamente assassinado com pelo menos sete tiros enquanto trabalhava na barbearia. Santos, que não possuía antecedentes criminais, acabou sendo vítima de uma terrível confusão: o verdadeiro alvo do assassino era o proprietário do estabelecimento, com quem o mandante do crime teria tido um desentendimento anterior em uma casa noturna.
O suspeito da encomenda do crime, que já tinha em seu histórico ocorrências de violência doméstica e tráfico de drogas, supostamente havia ordenado a execução em retaliação ao desentendimento. No dia fatídico de 20 de julho, um carro preto foi visto circulando o estabelecimento momentos antes do crime. Relatos indicam que o mandante estava dentro do veículo, passando instruções ao executor sobre as características e vestimentas do seu pretendido alvo.
A tragédia se desenrolou quando, por um acaso fatídico, Kevin e o proprietário da barbearia trocaram de lugares no salão, levando o executor, que invadiu o local com um capacete, a confundir Kevin com o dono da barbearia. O jovem foi então alvejado diversas vezes, resultando em sua morte imediata, num ato que chocou a comunidade pela sua brutalidade e pela confusão que levou à morte de um inocente.
Este caso ressalta não apenas a trágica realidade da violência urbana, mas também a complexidade dos desafios enfrentados pelas forças de segurança na identificação e captura dos verdadeiros criminosos, num emaranhado de vingança, equívocos e tragédia pessoal. A prisão do suspeito é vista como um passo importante na busca por justiça para Kevin e um lembrete da persistente necessidade de vigilância e rigor no combate ao crime.