Em uma reviravolta que pôs fim a uma angustiante busca de mais de dois meses, as autoridades finalmente localizaram Luiz Artur Oliveira de Azevedo, um menino de 7 anos que havia desaparecido em Curitiba. A noite de segunda-feira (26) marcou o fim de seu desaparecimento, com o garoto sendo encontrado a quilômetros de casa, no Paraguai. A operação de resgate, envolvendo a Polícia Civil do Paraná, o Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof) e o Comando Tripartite, culminou na prisão do pai do menino, apontado como o principal suspeito de seu sequestro ocorrido em 15 de dezembro, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
A saga começou quando, após uma visita ao pai, Luiz Artur não retornou ao lar materno, levantando suspeitas sobre o paradeiro do menino. Os pais do garoto, que estão separados há mais de dois anos, encontravam-se em meio a disputas, o que complicou ainda mais o cenário. As investigações revelaram movimentos suspeitos do pai, incluindo a venda de pertences pessoais e declarações aos vizinhos sobre uma viagem à praia com o filho, que na realidade era um plano para cruzar a fronteira para o Paraguai, onde descartou seu celular e chip para evitar ser rastreado.
O trabalho minucioso da Polícia Civil do Paraná foi fundamental para desvendar o paradeiro do pai e filho. “Após investigações de alta complexidade, a equipe conseguiu localizar o homem e a criança. Na sequência, acionou o Ciof e o Comando Tripartite para auxiliar na captura do homem e resgate”, informou a Polícia Civil em nota. O pai foi detido em flagrante e encaminhado para a delegacia da Polícia Federal, onde aguardará as medidas judiciais cabíveis.
O resgate de Luiz Artur traz um alívio imenso para os familiares, que aguardavam ansiosamente notícias sobre seu bem-estar. O menino será devolvido à sua família, encerrando um capítulo de incertezas e medo. Um vídeo divulgado pela polícia mostra as condições em que o menino viveu durante os últimos 70 dias, um testemunho silencioso do que ele passou longe de casa.
Este desfecho não apenas sublinha a eficácia da colaboração interagências na solução de casos de desaparecimento, mas também serve como um lembrete doloroso das complexidades envolvidas em disputas familiares que, infelizmente, podem levar a atos desesperados com consequências de longo alcance.