Um trágico acidente em um parque aquático em Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, resultou na morte de três pessoas devido a uma fatalidade eletrocutada. O incidente, que ocorreu no dia 4 de fevereiro, ceifou a vida de Roseli da Silva Santos, 40 anos, sua filha Emily Raiane de Lara, 23 anos, que estava grávida, e o filho Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17 anos, durante um passeio familiar. Além das vítimas fatais, outras nove pessoas sofreram ferimentos, incluindo três crianças entre 7 e 12 anos, destacando a gravidade do acidente.
A tragédia aconteceu quando um galho, levado pelos fortes ventos de uma tempestade iminente, atingiu um fio de alta tensão, provocando a queda deste diretamente na piscina onde as vítimas estavam, causando eletrocussão imediata. Este terrível acontecimento não só chocou a comunidade local mas também levantou questões sobre a segurança e a regulamentação de instalações recreativas.
Investigações conduzidas pela Polícia Civil de Paraná revelaram falhas significativas na gestão e na segurança do parque aquático. O inquérito, liderado pelo delegado Gabriel Fontana, concluiu que a proprietária do estabelecimento, responsável pela chácara onde o parque operava, será responsabilizada por homicídio culposo, lesão corporal culposa e falsidade ideológica. Foi descoberto que a empresa por trás do parque aquático estava registrada sob atividades de limpeza, uma manobra que esquivou o negócio de inspeções necessárias e da obtenção de alvarás essenciais para seu funcionamento legal.
“A constituição da empresa foi estrategicamente planejada para evitar fiscalizações e a necessidade de alvarás específicos para a operação de um parque aquático, uma clara violação das regulamentações vigentes”, explicou Fontana. Este caso agora segue para o Ministério Público do Paraná, onde será decidido se a proprietária enfrentará acusações formais.
Este incidente serve como um doloroso lembrete da importância da conformidade com as regulamentações de segurança e da responsabilidade que os operadores de parques têm para com seus visitantes. À medida que a comunidade lamenta a perda de vidas, a esperança é que este trágico evento inspire mudanças significativas nas práticas de segurança e regulamentação de parques aquáticos e outras instalações recreativas em todo o país, para que tragédias como esta possam ser evitadas no futuro.