Curitiba enfrenta um novo desafio de saúde pública com a confirmação de casos de febre oropouche, uma doença pouco comum na região. No início de janeiro deste ano, dois indivíduos que retornaram de Manaus, Amazonas, foram diagnosticados com a doença na capital paranaense. Inicialmente tratados para dengue devido à semelhança dos sintomas, os pacientes agora representam um alerta para as autoridades de saúde locais.
A febre oropouche, causada pelo vírus de mesmo nome, é uma doença infecciosa aguda que tem preocupado as autoridades de saúde, especialmente após a confirmação de 1.134 casos no Amazonas em 2024. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esclarece que os sintomas da febre oropouche se assemelham aos da dengue, o que pode complicar o diagnóstico precoce. A transmissão ocorre principalmente através da picada do mosquito Culicoides paraensi, embora a Secretária Municipal da Saúde, Beatriz Battistella, tenha mencionado que em Curitiba, a transmissão também poderia ocorrer pelo Aedes aegypti, conhecido vetor da dengue.
Um fator reconfortante é a inexistência do mosquito transmissor original da febre oropouche no Paraná, o que sugere que os casos confirmados são importados. No entanto, a possibilidade de transmissão pelo Aedes aegypti coloca a região em estado de alerta para a prevenção e controle da disseminação da doença.
As confirmações dos casos de febre oropouche em Curitiba, datadas de 6 e 8 de janeiro, não foram seguidas por outros registros da doença no Paraná, o que indica uma situação controlada até o momento. Apesar disso, as autoridades de saúde continuam vigilantes, acompanhando de perto a evolução da situação e reforçando as medidas de prevenção contra mosquitos transmissores de doenças.
Esse cenário ressalta a importância da vigilância epidemiológica e da conscientização pública sobre medidas de prevenção contra picadas de mosquitos, especialmente para viajantes que retornam de áreas endêmicas. O caso de Curitiba serve como um lembrete da constante ameaça que as doenças infecciosas representam e da necessidade de resposta rápida e eficaz das autoridades de saúde para proteger a população.