No último final de semana, um incidente em uma padaria de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, acendeu o debate sobre os direitos do consumidor e o limite da hospitalidade dos estabelecimentos. O episódio, que rapidamente ganhou as redes sociais, envolveu um comerciante, dono da Padaria Empório Bethaville, e um de seus clientes, resultando em um confronto verbal que culminou com o cliente registrando um boletim de ocorrência por ameaça.
A confusão teve início quando o proprietário da padaria abordou o cliente de maneira pouco amigável, informando sobre a proibição do uso de notebooks nas mesas do local. A discussão escalou a ponto de o empresário ser visto em imagens divulgadas online, empunhando um pedaço de madeira, o que levou o cliente a sentir-se ameaçado.
Diante da repercussão do caso, a coordenadora do Procon Paraná, Claudia Silvano, foi consultada para esclarecer a situação sob a ótica dos direitos do consumidor. Segundo Silvano, a questão central não é apenas sobre a permissão ou proibição do uso de dispositivos eletrônicos em estabelecimentos, mas sobre o princípio do bom senso. Ela explicou que os consumidores têm o direito de utilizar seus computadores nos estabelecimentos, especialmente quando o local oferece Wi-Fi, visando atrair esse público. No entanto, ressaltou que, apesar de não haver regras específicas, espera-se que haja bom senso tanto por parte dos consumidores quanto dos proprietários dos estabelecimentos.
O caso da Padaria Empório Bethaville reacendeu um debate importante sobre a convivência e as expectativas em espaços comerciais. Enquanto os clientes buscam conforto e comodidade, os proprietários almejam um fluxo contínuo de consumidores sem que haja prejuízo ao atendimento. Este incidente serve como um lembrete da necessidade de diálogo e respeito mútuo para garantir uma experiência positiva para todos os envolvidos.
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