Após um longo período de espera e intensa expectativa, a justiça marcou para o próximo dia 18 de março, às 8h30, o início do julgamento dos acusados pela morte do jogador Daniel. A sessão, que promete ser um dos momentos mais acompanhados dos últimos tempos, ocorrerá no plenário do júri do Fórum Regional de São José dos Pinhais, situado na Região Metropolitana de Curitiba. Este anúncio, realizado na última sexta-feira pelo juiz Thiago Flôres Carvalho, abre um novo capítulo nesta história que chocou o país há cinco anos.
Na decisão, que veio a público após longa deliberação, consta o prazo de cinco dias úteis para que os representantes legais dos acusados sejam formalmente notificados. No entanto, o processo enfrenta um impasse significativo: a permanência do juiz Thiago Flôres Carvalho à frente do caso não é certa. Representando um dos réus, Edison Brittes Junior — que confessou o crime —, o advogado Elias Mattar Assad contesta a atribuição do magistrado, argumentando que a sua designação fere o princípio do juiz natural. Segundo Assad, existe uma incongruência processual, dado que o juiz Carvalho é vinculado à comarca de Curitiba, não à de São José dos Pinhais, onde o crime ocorreu e o julgamento será realizado.
Ainda assim, a corte está avançando com os preparativos para o julgamento. Uma das medidas adotadas foi a decisão de transmitir o julgamento pela internet, aumentando assim a acessibilidade e permitindo que um número maior de pessoas acompanhe o desenrolar deste caso emblemático. Além disso, está programado para o dia 19 de fevereiro o sorteio dos jurados, que será realizado por meio de videoconferência, marcando o uso de tecnologias digitais como ferramentas fundamentais no processo judicial.
Este julgamento não é apenas um passo crucial na busca por justiça para o jogador Daniel e seus familiares, mas também um momento decisivo para o sistema judiciário, que enfrenta o desafio de conduzir um caso de grande repercussão sob os holofotes do público e da mídia. A expectativa é que os próximos capítulos desta história tragam à luz não apenas a verdade dos fatos, mas também reflexões importantes sobre o funcionamento da justiça e a eficácia do sistema penal brasileiro.