Estadão Conteúdo
O luar foi triplamente especial nesta quarta-feira, 31, no Hemisfério Norte, com a ocorrência simultânea de uma superlua, uma "Lua Azul" e um eclipse total da Lua. Dos três fenômenos, porém, apenas a superlua pôde ser observada do Brasil. O eclipse total ocorreu durante o dia, por volta das 9h30.
Já o fenômeno conhecido como "Lua Azul" não é observável: ele se refere apenas à ocorrência de duas Luas cheias no mesmo mês. Apesar do nome, a Lua não fica azul. A primeira Lua cheia de janeiro ocorreu no dia 1º, quando também ocorreu uma superlua. A coincidência dos dois fenômenos havia ocorrido pela última vez em última vez em 1982.
Uma superlua ocorre quando a Lua está cheia e, ao mesmo tempo, em seu perigeu – isto é, quando sua órbita atinge a maior proximidade da Terra e o satélite aparece 14% maior, com um brilho 30% mais forte.
Os eclipses lunares, por sua vez, ocorrem quando a Lua passa pela sombra da Terra, o que não ocorre todos os meses porque a órbita da Lua está ligeiramente inclinada com relação à eclíptica, isto é, ao plano da órbita da Terra em relação ao Sol
Quando o eclipse é total, a Lua não desaparece do campo de visão, mas adquire uma tonalidade avermelhada, razão pela qual o fenômeno também é conhecido informalmente como "Lua de Sangue". A atmosfera da Terra, que se estende por cerca de 80 quilômetros além do diâmetro terrestre, atua como lente, desviando a luz do Sol, ao mesmo tempo que filtra eficazmente componentes azuis, deixando passar só a luz vermelha que será refletida pela Lua, produzindo uma característica tonalidade cor de cobre.
O último eclipse total da Lua ocorreu em 2015. De acordo com a Nasa, a agência espacial americana, além do eclipse total de 31 de janeiro, o fenômeno ocorrerá novamente no dia 27 de julho de 2018. A coincidência de uma superlua com um eclipse lunar voltará a ocorrer no dia 21 de janeiro de 2019. Segundo a Nasa, a última vez que uma Lua Azul coincidiu com superlua e eclipse lunar no Hemisfério Norte foi no dia 31 de março de 1866. O triplo fenômeno só voltará a ocorrer no dia 31 de janeiro de 2037.
O eclipse lunar desta quarta-feira foi visto parcialmente em toda a América do Norte e América Central, em Colômbia, Peru, Venezuela e Equador, oeste e sudeste da Ásia, leste da África, metade oriental da Europa e Escandinávia. Nessas áreas, porém, a Lua desapareceu no horizonte antes da conclusão do fenômeno – ou surgiu no céu apenas depois do seu início.
O fenômeno só pôde ser observado do início ao fim na Oceania, no Alasca, no noroeste do Canadá, no Havaí, na metade oriental da China e da Rússia, no Japão, na Mongólia, nas Filipinas e na Indonésia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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