Em uma história que mistura a paixão pelo cinema com a realidade do empreendedorismo brasileiro, Rocky Silva, um ponta-grossense residente em Maringá, se viu no centro de uma saga jurídica digna de um filme de Hollywood. Inspirado pelo icônico personagem Rocky Balboa, interpretado por Sylvester Stallone, Silva adotou não apenas o nome, mas a determinação e o espírito de luta do boxeador fictício para dar vida à sua empresa, a Rocky Hunter.
A trajetória de Silva começou como uma homenagem ao filme que o inspirou, transformando a saga de Rocky Balboa em uma missão de vida. No entanto, a MGM, estúdio detentor dos direitos de marca da franquia, não viu com bons olhos essa inspiração e acionou a Justiça, alegando violação de direitos autorais. Assim, Rocky Silva encontrou-se em um embate legal que durou dois árduos anos, uma luta que ele comparou às batalhas enfrentadas por seu homônimo na telona.
Durante o processo, Silva defendeu sua posição com veemência: “Meu nome é Rocky, tenho inspiração nisso, mas não quis fazer plágio. Não vou desistir”. E, no início deste ano, a determinação de Silva foi recompensada. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) emitiu uma decisão favorável, afirmando: “Não tendo sido observado impedimento legal, somos pelo deferimento”. Essa vitória jurídica permitiu que Silva mantivesse o nome de sua empresa.
A emoção de Silva com o desfecho favorável foi palpável. “Sabia que seria difícil, mas tinha muita fé. Fiquei muito feliz e emocionado”, expressou ele, após a decisão. A história de Rocky Silva é um exemplo do poder da resiliência e da inspiração que personagens fictícios podem exercer sobre a vida real, provando que, às vezes, a vida imita a arte de maneiras surpreendentes e inspiradoras.