Nove em cada dez brasileiros querem se vacinar contra a covid-19 mesmo que o imunizante de sua preferência não esteja disponível. O dado é da 4ª edição do estudo ‘Os brasileiros, a pandemia de Covid-19 e o consumo’ da CNI, Confederação Nacional da Indústria, realizado em parceria com o Instituto FSB de pesquisa.
O levantamento mostra também que 43% da população até gostaria de escolher a marca, no estilo ‘sommelier de vacina’. Por outro lado, apenas 9% deixaria de se vacinar caso o imunizante de sua preferência não estivesse disponível.
E para evitar o atraso no calendário de vacinação, alguns municípios estão de olho nesse comportamento. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura sancionou, esta semana, uma lei que manda ‘sommelier de vacina’ para o final da fila de imunização.
A pesquisa da CNI aponta ainda uma relação direta entre a vacinação e o aquecimento da atividade econômica. Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da Confederação Nacional da Indústria, ressalta que a população está mais segura para retomar alguns hábitos de consumo.
De acordo com o estudo, há três meses, 39% da população tinha muito medo de frequentar shoppings. Agora, este percentual recuou para 24%. O medo de frequentar o comércio de rua caiu de 36% para 28%; bares e restaurantes, de 45% para 34%.
Sobre o ritmo de vacinação, 62% dos entrevistados consideram o processo lento. E 70% dos que tomaram a primeira dose avaliam que o critério de prioridade para a vacinação é ótimo ou bom. Esse índice cai para 53% entre os não imunizados.