Na última quarta-feira, 25 de setembro, a Polícia Civil de Roraima capturou Raimundo Alves Gomes, acusado do assassinato de Givaldo José Vicente de Deus, ocorrido em 1999. A prisão, realizada na zona Oeste de Boa Vista, marca um importante desfecho para a família da vítima, que aguardava por justiça há 25 anos.
Givaldo, que foi assassinado com um tiro à queima-roupa em uma briga relacionada a uma dívida de R$ 150, deixou cinco filhas, entre elas Gislayne Silva de Deus, que tinha apenas nove anos na época do crime. O acusado, condenado a 12 anos de prisão em 2013, estava foragido desde 2016, quando foi expedido o primeiro mandado de prisão em seu nome.
A captura de Raimundo Gomes aconteceu após uma operação da Delegacia Geral de Homicídios, que culminou na audiência de custódia na quinta-feira, 26 de setembro, onde sua prisão foi mantida. Ele foi transferido para o sistema prisional de Roraima.
O crime, que gerou um profundo impacto na vida de Gislayne e suas irmãs, resultou em um longo processo de busca por justiça. Desde a condenação em 2013, a família não desistiu de garantir que o responsável pelo homicídio fosse punido. A espera pela prisão de Raimundo não foi em vão; a continuidade da luta da família foi fundamental para que o caso não fosse esquecido e a justiça, finalmente, pudesse ser feita.
O advogado Bruno Caciano, presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal em Roraima, destacou que o crime de homicídio prescreve após 20 anos, e que a condenação de Raimundo só foi possível devido à persistência da família em buscar respostas e justiça. Com a prisão, Gislayne expressou um sentimento de alívio, embora a perda de seu pai ainda permaneça uma dor irreparável.
Este desfecho representa não apenas a conclusão de um ciclo para a família de Givaldo, mas também um testemunho da importância da luta por justiça em casos de violência.