Nesta terça-feira, 25 de junho, marca-se o 11º aniversário do assassinato de Tayná Adriane da Silva, um caso que ainda reverbera na memória dos moradores de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Apesar de a Polícia Civil do Paraná (PC-PR) considerar o caso encerrado, o Ministério Público (MP-PR) continua a solicitar mais investigações.
Tayná, de apenas 14 anos, desapareceu em 25 de junho de 2013, no bairro São Dimas. Seu corpo foi encontrado três dias depois em um poço, próximo a um parque de diversões. Segundo as investigações, a adolescente foi estuprada antes de ser assassinada. Quatro homens foram presos na época: Sérgio Amorim da Silva Filho, Paulo Henrique Camargo Cunha, Adriano Batista e Ezequiel Batista, todos funcionários do parque de diversões onde o corpo foi encontrado.
A Polícia Civil concluiu o inquérito apenas 11 dias após o crime e encaminhou-o ao Ministério Público, que desde então vem solicitando novas diligências, incluindo a exumação do corpo para a realização de exames adicionais. A Polícia Civil reitera que a autoria do crime é dos quatro suspeitos presos em 2013, apesar das demandas contínuas do MP por mais provas.
O advogado da família de Tayná, Luis Gustavo Janiszewski, declarou que, mesmo após 11 anos, ainda há esperança de um desfecho justo para o caso. Ele criticou a falta de uma denúncia formal por parte do Ministério Público contra os suspeitos.
O crime ocorreu enquanto Tayná voltava para casa após visitar uma amiga. Câmeras de segurança capturaram sua imagem perto do parque de diversões, mas não em outras áreas onde deveria ter passado. Três dias após seu desaparecimento, seu corpo foi encontrado, provocando grande comoção e protestos no bairro.
As investigações enfrentaram complicações, incluindo denúncias de tortura contra os suspeitos, que alegaram ter sido forçados a confessar sob violência. O episódio levou à investigação e condenação de policiais, incluindo o delegado Silvan Pereira. No entanto, as condenações foram revertidas pelo Tribunal de Justiça do Paraná, com o Ministério Público recorrendo ao Superior Tribunal de Justiça.
Os suspeitos, inicialmente presos, foram inseridos em um programa de proteção à testemunha após as denúncias de tortura. Atualmente, o Ministério Público mantém o sigilo sobre o estado dos suspeitos no programa de proteção.
A crise desencadeada pelo caso Tayná resultou na substituição do então delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinícius Michelotto, pelo delegado Riad Braga Farhat. A troca de comando refletiu a gravidade das acusações de tortura e a necessidade de restaurar a confiança na instituição policial.
Enquanto a Polícia Civil insiste na solução do caso, o Ministério Público continua a buscar justiça completa para Tayná, evidenciando a complexidade e a delicadeza desse trágico episódio que ainda clama por respostas definitivas.